Os peixes
A história de Portugal está indiscutivelmente ligada à atividade marítima. Fomos descobridores, tornamo-nos navegadores marinheiros para conhecer mares e todos os oceanos e as costas de todos os continentes. Assim trouxemos um novo mundo ao nosso mundo e também o melhor peixe, porque à pesca nos ligamos, mercê nossa costa, que reúne condições ideais para a criação natural de peixe de qualidade e valor gastronómico incontornável e a justa reputação de ser o melhor do mundo.
PEIXES
De Portugal para o Mundo, os principais peixes portugueses
Atum
É o atleta do mar, que percorre longas distâncias para a desova. Por isso, distingue-se pela sua carne musculada, ótima para comer grelhada ou cru em sushi e sashimi.
Bacalhau
O mais afamado da gastronomia portuguesa, com mais de 1001 formas de ser cozinhado. Não é pescado na nossa costa mas é em Portugal salgado e seco, só depois demolhado e cozinhado
Carapau/Chicharro
É o amigo da saúde, rico em ácidos gordos e ómega3. De carne firme é perfeito para escabeches e conservas. Ex-libris, em Portugal, são os pequeninos, fritos e estaladiços.
Cavala
A Top Model do mar, tem corpo geométrico de tons metálicos azul-verdeado, a parecer uma obra de artista contemporâneo. Conquista cada vez mais fãs: os chefes que as recriam.
Cherne
O peso pesado do fundo mar, chega a pesar 100kg. Tem uma corpulência que permite tirar altos filetes para cozer, grelhar, estufar o levar ao forno.
Dourada
Distinta pela coroa dourada que lhe dá-lhe o nome, alimenta-se de crustáceos a bivalves ou de equinodermes a algas, dando à sua carne sabor fresco e iodado, sobretudo, se a cru ou nas brasas.
Imperador
O ex-libris do mais profundo mar português, não passa despercebido pelos seus grandes olhos vítreos e pela cor de pele “lacre”. Nunca perde a postura, mesmo na hora de ir para o prato.
Linguado
O mais esquisito, com dois olhos do mesmo lado, caso os procure, encontra-os no lado direito. O seu tamanho dita a forma de ser cozinhado, Inteiro ou em filete, frito ou na grelha.
Pargo
Pertence a uma enorme família da qual faz parte a dourada, o sargo o goraz e o besugo. Vive todo o ano na costa portuguesa e apresenta-se grelhado ou, se maior, assados inteiros no forno.
Peixe Galo
Destaca-se pela visível marca preta no centro do dorso. Com uma carne muito branca e diminuta apenas dá para 4 deliciosos filetes ou com todos os cuidados assado inteiro no forno.
Pregado
Considerado o “faisão” do mar é peixe raro, existindo apenas em águas europeias, sendo o da costa portuguesa disputado por grandes restaurantes do mundo. Prepara-se inteiro, em postas com a espinha do meio ou em filete, grelhado, salteado, frito ou assado.
Raia – Raia-lenga
Popular no receituário tradicional português, em alguns pratos é insubstituível, como na caldeirada. Quando pequena e frita tudo se come numa agradável e estaladiça surpresa.
Robalo
De “fato” prateado, é o mais apreciado em todo o mundo. A sua carne branca e firme presta-se a muito, à grelha, ao forno no sal ou no pão, cozido no vapor ou em court-bouillon.
Salmonete
Especial em zonas muito específicas da nossa costa, assume destaque em receituário típico local, como é o caso dos “salmonetes à Setubalense” e na exibição de grandes chefes.
Sardinha
Rainha do prato e das festas, tem quase tudo o que faz bem à saúde. Tipicamente querem apenas sal e brasas e depois um pingo de azeite português e o adorno de uma bela salada colorida.
Tamboril
Voraz e sempre à espreita de presa que o alimente, é peixe de grande porte com carne muito branca e firme para molhos e temperos mais intensos, normalmente, em caldeiradas e arroz.
CEFALÓPEDES
Polvo, Lula e Choco
“camaleões do mar”, muito rápidos e capazes de mudar de cor para comunicarem entre si e como aviso de predadores. Habituais na gastronomia portuguesa, apresentam-se com arroz, guisados, cozidos, grelhados ou fritos. Tipicamente, o choco é frito e o polvo à lagareiro.
CRUSTÁCEOS
Lagosta
A portuguesa distingue-se pela salinidade natural da sua carne. Em Portugal é especial e emblemática, a “Suada de Peniche”, uma verdadeira joia do nosso Património Culinário.
Lavagante
Conhecido como o “cardeal dos mares”, a sua carne é apreciada no mundo, tal como tudo o que é aproveitável, os corais e o fígado ideais para incorporar em molhos.
Camarão e Carabineiro
Orgulho da nossa mesa, de vários tamanhos, o de Espinho, pequeno e saborosíssimo é o que mais se distingue, embora todos sejam de qualidade irrepreensível. Cozido, frito ou grelhado, a guarnecer um arroz ou uma cataplana, são sempre inesquecíveis.
BIVALVES
Amêijoa
Habitante de fundos arenosos e em vasa, junto à costa, em sistemas lagunares e estuários, as amêijoas, em especial “à bulhão pato” são referência da gastronomia portuguesa e fazem as delicias não só dos que cá vivem mas também dos que vêm de fora.
Ostra
Sendo animal filtrador, a ostra “é aquilo que come”, variando o seu saber em resultado do local de origem. Em Portugal, são, por exemplo, locais de grande produção Aveiro e Setúbal.